A paisagem boêmia de Fortaleza, o Bar da Mocinha, há mais de 40 anos, preenchendo de pessoas e alegria algumas ruas do bairro Meireles com seu samba que atrai multidões ao redor do bar. O som dos instrumentos tradicionais preenchem o conhecido “largo da Mocinha”, que localiza-se na rua Padre Climério, entretanto a multidão se estende até o cruzamento com a rua João Cordeiro, onde localiza-se outro ponto de encontro para os frequentadores, o restaurante “Teresa & Jorge” que atrai os amantes do samba. Entretanto com o passar dos anos, a “região” onde o bar da mocinha localiza-se foi ganhando novos ritmos, é o caso do funk, e os paredões que agora fazem parte da paisagem sonora, trazendo um ar diferente aos sons da boêmia, desse modo, acontece uma mistura de sons e culturas, atraindo pessoas de todas as idades e gostos musicais.
A paisagem local dar-se pela mistura de elementos arquitetônicos presentes nas edificações locais, além do processo de verticalização que vem ocorrendo nessa área da cidade, assim, é notória a diferença entre algumas edificações mais próximas ao bar e os grandes prédios que estão ao redor, esse processo está cada vez mais presente no litoral da Capital cearense, com destaque para os bairros Aldeota e Meireles. Durante o ciclo carnavalesco, o bar da mocinha recebeu uma programação oficial da prefeitura, onde foi montada uma estrutura — palco — em frente ao Bar da Mocinha para receber as atrações musicais, que preenchiam a paisagem sonora do lugar, entretanto, parecia haver uma competição entre as músicas e sons, pois havia outro palco a poucos metros do lugar. Dessa forma, em certo momento os sons se misturavam e a paisagem sonora se bagunçava, em meio à multidão, essa que se dividia entre os dois palcos, de um lado um público mais jovens, onde estava tocando funk e pop, do outro lado um público, que parecia ter boas vivências da boêmia e do lugar, mas em meio aos dois palcos havia pessoas se divertindo e aproveitando e fazendo esse movimento pendular entre ambos.